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MARII
EVIDÊNCIAS O CULTO DO ESPIRITO SANTO A par do poderoso culto de Santa Maria, atravessou esta devoção toda a Europa medieval sobretudo entre os séculos XII e XIV. No Reino Lusitano já se vivenciava desde os alvores da nacionalidade, por influências trazidas até nós por Templários, Cistercienses e Franciscanos. As primeiras confrarias do Espírito Santo de que há notícia no território são: SINTRA 1217 BENAVENTE 1234 ALENQUER 1296 Há que recordar que antes de St. Isabel já existia em Alenquer uma confraria. Não é muito variada a informação que encontramos. Remete-nos para um dos casais mais ilustres da nossa história ainda que, não nos fale a história, de toda a verdade dos seus actos. Como insinua Dante. A Santa Isabel atribui-se a sua invenção, embora, nos sejam apresentadas diferentes motivos pelos narradores. Pretende-se que seja também, Alenquer, o seu berço, em 1296. 1. A principal cerimónia da Função, Folia ou Império, consistia, salvo ligeiras variantes regionais, na coroação com
três coroas
…
2. Coroa-se o
Menino Imperador
, a inocência necessária para entrar no reino de Deus.
3. Distribui-se
pão, vinho e carne
para todos.
O império do Espírito Santo é uma era de fartura e de irmandade ou fraternidade.
Tudo era partilhado com todos. Esse carácter de igualdade é simbolizado pelas versões
mais antigas das festas, hoje desaparecidas, como as dos Impérios dos Nobres em que estes
coroavam simbolicamente um homem pobre
como detentor de um poder que, de facto, nada significava.
4. Como símbolo, criou-se uma bandeira cor do vinho a representar o
sangue dos mártires e, como decoração, uma pomba
. Representa a pomba o Espírito Santo, 3ª pessoa da trindade. É esta, a bandeira de Deus e
do seu povo.
Ainda que muitos aprofundem esta matéria, apenas se conclui que o culto do Espírito Santo tem raízes muito anteriores.
EVIDÊNCIAS A Festa do Divino Espírito Santo, ou Festa de Pentecostes, é tão antiga quanto o próprio cristianismo. E, muito antes, já se celebravam as Festas das Semanas. Também Jesus se deslocou com os seus discípulos a Jerusalém, para a celebração do Pentecostes donde, a festa cristã, apenas incorporada ao calendário da Igreja no século XIII. É agora a Festa do Divino uma manifestação popular onde se une a espiritualidade e o folclore, um agradecimento ao Espírito Santo pelos dons e graças recebidas durante o ano anterior.
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Mas, porque está esta festa tão enraizada na memória das nossas gentes?
Dos portugueses de Portugal, do Brasil e dos Açores? De Goa? De todos os cantos do mundo
, porque, em todos eles, eles estiveram?
Como na Natureza, todas as coisas são simples, ainda que as mais complexas. Fios subtis ligam as partes não deixando nada ao acaso. Somos nós que as complicamos, o nosso ego. Se todos aqueles que dizem que Jesus não morreu na cruz tiverem razão e – são muitos -, se considerarmos possivel que a esconder-se o faria, bem longe, do sítio onde o procuravam, como tento demonstrar na Estalagem do Quinto Caminho, se acrescentamos a isso tudo o que está publicado sobre o facto da família, bem como José de Arimateia, terem vindo para a Europa após a sua morte, e todos eles já terem andado por cá, podemos começar a construir uma história. Apenas virtual porque não entra no argumento que conhecemos. E, no entanto, os pormenores começam a encaixar-se e os mistérios a deixarem de o ser. Quando a história se torna incompreensível, é porque alguém está a mentir. Basta um
Segredo
para tecer toda a trama que tem produzido milhares de páginas ao longo dos séculos.
Bastou um segredo para que a Ordem do Templo e os reis de Portugal tivessem a rebeldia que tiveram, bastou um segredo, em tempos em que um segredo era um Segredo, para que as raízes da nossa história ficassem perdidas nos mitos.
O culto português do Espírito Santo não tem equivalente no mundo católico
. Era específico da Estremadura e das Beiras. Nas sinagogas portuguesas, neste dia lia-se
o Livro de Rute, sendo Rute uma estrangeira que foi avó de David donde provirá o Messias.
No culto beirão encontramos a menção da transmissão dum segredo: o mordomo cessante
transmitia um segredo ao sucessor, ambos fechados na capela, mas cujo conteúdo se
desconhece
(porque era segredo…). Ainda que alguns refiram a palavra «arroz», o que os judeus diziam
era a palavra aramaica «rôz» que quer dizer «segredo».
Como poderemos arrumar as peças de uma forma lógica, concreta e possivel? Apartando os véus que nos têm sempre escondido e esconderam Avalon. Vendo a História como coisa real, Homens e não Metáforas. Jesus Cristo em Portugal? Teria vindo morrer no Ocidente como o Sol? Como seria o Ocidente nessa época? Quantas perguntas teriam resposta se isso fosse verdade? Vemo-nos como um país ignorado com um passado incerto, do qual os nossos filhos só conhecem as piores partes, as que incluem dinheiro e progresso a partir do dinheiro. Esvaiu-se de poesia a história, inventou-se a electricidade e tudo ficou muito às claras. Mas afastamo-nos da Natureza e fechamo-nos em Bibliotecas e Universidades. Aproximámo-nos da palavra Cristo e afastamos a palavra Sol.
Pelas suas raízes, teria Sintra muito com que o acolher. 1. Desde sempre os
bodos rituais foram um modo de renovar as boas relações entre habitantes vizinhos, entre
tribos vizinhas e entre o povo e o seu Deus. Este é um bodo essencialmente de pão e de
vinho, num cenário da mesma cor. É a comunhão do corpo do Cristo Vivo
, que tinha vencido a morte.
2. O costume de eleger ou nomear um rei para presidir a um bodo ou refeição ritual também se encontra em documentação profana antiga, fenícias e púnicas, origem provável de José de Arimateia e da religião judaica. 3. Quanto à imagem erudita da pomba como 3ª pessoa da santissima trindade, terá saído da pomba mensageira. Não diz o texto bíblico que foi em forma de pomba e
3 sim, como uma pomba, numa comparação. Também não diz
o Espírito Santo mas, um
Espírito Santo.
4. Está o culto mais próximo da religião judaica do que do Novo Testamento. Os judeus beirões do princípio do séc. XX diziam: "O Espírito Santo é nosso, não é deles (católicos) ". 1ªCONCLUSÃO
Terá sido o primeiro Bodo do Espírito Santo, no Penedo, uma festa de boas vindas ou de aliança entre povos chegados do estrangeiro? Partilha de
Pão e Vinho
?
A celebração de um
Segredo personificado na Pomba
?
A
Coroação
de um homem pobre que tinha deixado tudo o que era seu para que tudo fosse partilhado
entre todos?
Coroado com
três coroas
como aquando do seu nascimento?
Tal como a Ordem do Templo, e os primeiros Reis de Portugal, sem necessidade de Obedecer à Igreja.
Perdido o segredo ficou Portugal órfão do sangue dos seus Reis. Também esta frase contém grande mistério. É preciso que se cumprem os ciclos e se revelem os Encobertos. Cantaram isto, nossos poetas. Não é uma utopia.