Janelas Entre Dois Mundos

 

Luz & Terra – O seu romance evolui em torno de uma organização mítica: a Ordem de Mariz. Não há quaisquer registros oficiais históricos sobre essa Ordem, no entanto, ela pontua, aqui e acolá, o discurso de místicos portugueses e até brasileiros. O que vem a ser a Ordem de Mariz?

Pedro Elias –
A Ordem de Mariz não é uma Ordem física. Ela foi criada quando da fundação da Alma de Portugal como matriz arquetípica da tarefa que este país tem que manifestar, mil anos antes da fundação física da nação, sendo composta por doze conselheiros que foram encarnando e assumindo papéis-chave ao longo da história de Portugal, sendo o Grão-Mestre dessa Ordem Maria Madalena. Todas as outras Ordens, a de Aviz, a de Cristo, a da Jarreteira e a própria Ordem dos Templários, são filamentos diretos desta Ordem mais oculta.

Janelas entre dois mundos


 
Autor(a): Editorial Luz & Terra

 

http://www.luz-e-terra.com.br/cronicas/materia.php?id=189

 

Pedro Elias é mentor e fundador do site Comunidade Espiritual (http://www.comunidade-espiritual.com/).

A Luz & Terra, que já há muito pretendia ter uma conversa com ele por conta de seu primeiro livro (Murmúrios de um tempo anunciado), tem agora a oportunidade de fazê-lo mediante o lançamento do segundo livro: Janelas entre dois mundos. Nesta entrevista, o leitor possuidor de uma perspectiva mística da realidade poderá perceber que, na leitura da obra de Pedro Elias, vai penetrar uma dimensão em que Portugal e Brasil são nações-projeto de um plano maior.

No final da entrevista, você encontra os links para as duas obras.

Para já, fica o perfume da expectativa... e também a nossa homenagem do Dia de Portugal, 10 de junho.


Luz & Terra – Poderia nos contar como surgiu a história deste romance?

Pedro Elias – Este romance tem mais de 15 anos, escrito logo após o primeiro, Murmúrios de um Tempo Anunciado, do qual é a continuação. Manteve-se no seu formato original até há muito pouco tempo, quando foi reescrito para incluir toda a nova informação sobre Portugal que recebi nos últimos três anos.

L & T – E como lhe chegou essa informação?

P. E. – Não foi nada que eu estivesse à procura. Há quatro anos estava em pleno deserto existencial, confrontando os meus próprios demónios internos, tal como Jesus que por ali passou e por onde todos irão inevitavelmente passar, por mais resistências que possamos criar para não colocar o pé na areia quente. Morava no Brasil e ali, no gotejar da intuição, a informação começou a chegar. E chegava da forma mais inesperada; enquanto passeava com o meu filho no parque, enquanto levava o cão à rua, etc… era no viver quotidiano, sem nenhuma preparação específica, que a informação surgia de forma desorganizada, pois tanto podia receber algo sobre a fundação de Portugal, como logo depois chegar-me um episódio mais recente.  E assim foi durante alguns meses, em que fui organizando mentalmente toda essa informação sem nunca escrever uma linha de texto sobre a mesma, até há um mês atrás, quando recebi o impulso interno para reescrever o segundo romance e incorporar neste todo esse conhecimento. E confesso que foi um grande alívio quando isso aconteceu, pois o conhecimento não é para ficar retido mas sim partilhado, e poder fazê-lo depois de quatro anos foi como tirar um imenso fardo de cima dos ombros.

L & T – O seu romance evolui em torno de uma organização mítica: a Ordem de Mariz. Não há quaisquer registros oficiais históricos sobre essa Ordem, no entanto, ela pontua, aqui e acolá, o discurso de místicos portugueses e até brasileiros. O que vem a ser a Ordem de Mariz?

P. E. – A Ordem de Mariz não é uma Ordem física. Ela foi criada quando da fundação da Alma de Portugal como matriz arquetípica da tarefa que este país tem que manifestar, mil anos antes da fundação física da nação, sendo composta por doze conselheiros que foram encarnando e assumindo papéis-chave ao longo da história de Portugal, sendo o Grão-Mestre dessa Ordem Maria Madalena. Todas as outras Ordens, a de Aviz, a de Cristo, a da Jarreteira e a própria Ordem dos Templários, são filamentos diretos desta Ordem mais oculta.

L & T – Como se sabe, vários têm sido os significados atribuídos ao Graal: para a maioria dos especuladores seria a taça usada por Jesus na Última Ceia, para outros seria a pessoa de Maria Madalena (conceito tão disseminado pelo livro O Código Da Vinci de Dan Brown), para outros seria um símbolo meramente abstrato, etc. Você estaria disposto a revelar algo de sua visão pessoal do Graal aos nossos leitores?


P. E. – O Graal é tudo aquilo que, ao receber a consciência do Cristo na sua própria substância, passar a irradiar o Espírito Santo.  Espírito Santo, esse, que não é um produto do Céu nem da Terra, mas a alquimia resultante desse encontro sagrado entre o Céu e a Terra. Por isso mesmo, onde quer que o Céu encontre a Terra, ali estará o Graal. Jesus e Madalena foram o Graal vivo, ao receberem a consciência do Cristo na sua carne terrestre, passando a irradiar o Espírito Santo. No entanto, sendo a substância dos seus corpos de matéria terrestre, não ascendida, nem um nem o outro manifestaram essa energia em toda a sua plenitude. É por isso que neste romance o Graal referido é aquele que, por ser de substância não terrestre, através de três cristais cuja origem é estelar, irradiou neste planeta, sem distorção ou limitações, o que de mais puro alguma vez tocou a superfície da Terra. Esse Graal, que era o epicentro do trabalho de Seraphis Bey no templo da Ascensão em Luxor, e que viria mais tarde a ser trazido para a Europa pela mão de Madalena e para Portugal pela mão da rainha Isabel, sempre foi o farol do Cristo na Terra através da sua radiação, sem intermediários, e o embaixador desse Novo Mundo que despertará quando a consciência do Cristo permear a Terra inteira fazendo do planeta o novo Graal.

L & T – Na época da criação de Portugal, aconteceram vários fatos misteriosos. Um deles foi o uso de um selo real pelo primeiro rei português, D. Afonso Henriques, onde se lia a palavra PORTUGRAL. Ainda mais sintomático se torna o uso desta palavra nesse selo considerando que aparece no documento de doação de Tomar à Ordem dos Templários. A gênese de Portugal está repleta deste tipo de ocorrências. Seu romance explora este ou outros fatos reais?

P. E. – Neste romance será revelada a história de Portugal que ainda não é conhecida. Tal como o Jesus-Homem, que recebeu o Cristo e irradiou o Espírito Santo, também Portugal, como o Jesus-Nação, irá receber esse mesmo Cristo e irradiar, pelo planeta inteiro, o Espírito santificado pela presença do Filho. Toda a história de Portugal gira em torno disso, todos os acontecimentos até ao reinado de D. Manuel, foram em função da manifestação desse Império Novo e da preparação de Portugal para receber o Cristo, primeiro através do Graal que para aqui foi enviado e mais tarde pela encarnação dessa mesma consciência. Por isso, essa designação que, mais que querer referenciar a nação que seria o porto de chegada do Graal, ela, na verdade, se dividirmos a palavra em Por-Tu-Gral, está anunciar que a fundação deste país foi pelo Graal, em função deste e por este.

L & T – Em que medida você usa a “Mensagem” de Fernando Pessoa para compor a sua narrativa do romance Janelas entre dois mundos?


P. E. – Fernando Pessoa foi um iniciado, alguém que teve acesso à Alma de Portugal e pôde revelar alguns dos seus desígnios. No início do século XVI, Portugal recebeu a sua segunda iniciação, que representa o Batismo, e tal como Jesus entrou no deserto onde se encontra até hoje. Nesse deserto a Alma de Portugal recolheu-se e a condução deste país deixou de estar nas mãos do Alto para passar para as mãos dos homens e seu livre arbítrio. No entanto, Deus nunca se afasta completamente durante essa travessia do deserto, onde temos que enfrentar os nossos demónios, seja numa pessoa ou num país, fazendo-se sempre presente pela voz da intuição ou dos seus profetas. Fernando Pessoa foi um desses seres que, pela sua ligação interna com a programação de Portugal, pôde revelar um pouco dos aromas dessa Alma que há mais de quinhentos anos não se faz presente. No romance uso apenas a referência final do poema “O Infante” que termina com a frase “Senhor, falta cumprir-se Portugal!”, para deixar claro que está para muito breve o cumprir desse Portugal na tarefa que lhe corresponde manifestar no Mundo. Mas isso depende de todos nós, como filamentos diretos dessa mesma tarefa.

L & T – Portugal teve um papel central, concreto e decisivo na revelação à humanidade de um planeta que era desconhecido, constituindo-se na nação que finalmente providenciou o primeiro grande passo para a unificação global planetária. A realização no futuro dessa grande unificação (sem uniformização) é uma das mais belas visões utópicas para a humanidade. Você é da opinião que Portugal ainda poderá ter um papel especial na articulação dos caminhos planetários para a perseguição dessa condição do futuro distante?

P. E. – Sem dúvida! E não será assim tão distante. Foi para isso que este país foi criado. Jesus assumiu a sua tarefa depois de deixar o deserto e confrontar os seus próprios demónios, e assim será com Portugal, que está há quinhentos anos nesse mesmo deserto. Assim que deixar o deserto, e em particular, quando receber a sua terceira iniciação, que corresponde à Transfiguração de Jesus, a Alma de Portugal far-se-á novamente presente e este país poderá finalmente cumprir o seu destino, que é o de levar ao mundo um novo paradigma civilizacional, não por meio da palavra, mas do exemplo.

L & T – Como você vê a articulação entre Portugal e Brasil? Você acha que essa é uma relação-chave para providenciar essa unificação planetária?

P. E. – Se nós olharmos o Brasil como um filho de Portugal, e Portugal como um país que irá ter um papel-chave na manifestação desse novo paradigma, então facilmente podemos perceber que será esse filho que, pela sua jovialidade e energia, irá dar força a esse movimento. Na verdade, quando as transformações começarem a acontecer em Portugal e aos poderes deste país começarem a chegar seres que são filamentos diretos de Mariz, será no Brasil, antes que os outros países do mundo tomem consciência disso, que essas mudanças começarão a ganhar força planetária e vistas por todos como o único caminho a seguir. É importante lembrar, também, que quando falamos de Alma Portuguesa não estamos a falar de Portugal, mas de uma função e de uma tarefa que inclui o Brasil, como instrumento necessário para a execução dessa mesma tarefa.


 


Leia as duas obras de Pedro Elias:

Título: Janelas entre dois mundos

Autor: Pedro Elias

Sinopse:
Depois da separação forçada de Vera e João, e da travessia do deserto interno onde Vera teve que afirmar a sua fé, um novo contacto com Madalena acontece. Desse contacto, realizado no centro de Lis-Fátima, cujo nome interno será desvelado, a verdadeira história de Portugal é revelada a Vera. Com esta revelação, uma tarefa é-lhe atribuída e de novo na superfície, contacta um grupo de seres cuja função é ancorar fisicamente a Ordem de Mariz e desvelar o Graal, manifestando, através da radiação do Espírito Santo, a programação destinada a este país na tarefa planetária que lhe compete realizar. É o cumprir de uma longa história de séculos na conclusão de mais um ciclo planetário, sendo mostrado nesta obra a razão oculta por detrás da fundação de Portugal e a sua função como guardião de um mistério. Neste romance esse mistério é revelado, e o Portugal descrito no poema de Pessoa poderá finalmente cumprir-se.

Nota - Para comprar o livro, clique na capa.





Título: Murmúrios de um tempo anunciado

Autor: Pedro Elias

Sinopse:
Romance histórico que tem o seu início no ano de 250 d.C, com as perseguições aos cristãos movidas pelo imperador Décio, terminando em 325 d.C no primeiro concílio ecuménico da história do cristianismo, realizado em Niceia, onde o imperador Constantino, convertido à nova doutrina, institucionaliza a Igreja cristã fazendo desta a nova religião do império. É a história de dois irmãos de alma que se conhecem sem nunca se conhecerem e que no fim, como promessa de um amor que transcende o tempo e o espaço, encontram-se sem nunca se encontrarem, lançando as sementes de um reencontro que apenas nos tempos de hoje se pode consumar.
Este é um romance em dois tempos, o do passado histórico que atravessa um dos períodos mais intensos da fé cristã e que termina com a sua queda em Niceia, e os tempos de hoje onde esses mesmos personagens se encontram. Através deste reencontro um deles revela alguns segredos por detrás da figura de Maria Madalena e do Cristo, da ligação interna desta com a ordem de Mariz, que guarda os selos programáticos de Portugal, e desta ordem com o centro intraterreno de Liz, formando o trinómio: Maria-Mariz-Liz. É uma história que atravessa o tempo na conclusão de mais um ciclo planetário, desvelando a natureza interna de um Pais na tarefa planetária que lhe compete manifestar e da ligação interna de alguns seres com essa mesma tarefa.

Nota - O autor cede gratuitamente a obra. Para obter o livro, clique na capa.